sábado, 10 de novembro de 2007

DICAS NOVA SÉRIE - Nº 1

COMO CALCULAR O PESO DA LENTE GRADUADA ESFÉRICA

PARA COMEÇO:
1. "O PESO DA LENTE É CALCULADO MULTIPLICANDO-SE SEU VOLUME PELO PESO ESPECÍFICO DO MATERIAL” NENHUMA TABELA OU PLANILHA SUBSTITUIRÁ ESTA EVIDÊNCIA.
2. NÓS TEMOS COMPROMISSOS COM O ENSINO. TEMOS QUE ENSINAR OS ÓPTICOS A RACIOCINAREM E ENTENDEREM OS FUNDAMENTOS.
3. O USO DE “TABELAS” OU PLANILHAS NÃO PERMITE AO ALUNO ENTENDER OS FUNDAMENTOS.
4. INCLUSIVE A FÓRMULA PARA CALCULO DO VOLUME DA CALOTA, FOI CONFIRMADA.
5. REPETINDO:
6. CALCULEI O VOLUME DA CALOTA CONVEXA, FORMADA PELA SUPERFÍCIE CX DA LENTE.
7. CALCULEI O VOLUME DO CILINDRO, CUJA ALTURA É A ESPESSURA DAS BORDAS DA LENTE E O RAIO É O SEMI DIÂMETRO DA LENTE.
8. CALCULEI O VOLUME DA CALOTA CÔNCAVA, FORMADA PELA SUPERFÍCIE CC DA LENTE
9. SOME O VOLUME DA CALOTA CONVEXA AO VOLUME DO CILINDRO E SUBTRAIA O VOLUME DA CALOTA CÔNCAVA, VOCÊ ENCONTRARÁ O VOLUME DA LENTE.
10. MULTIPLIQUEI O VOLUME DA LENTE PELO PESO ESPECÍFICO DO MATERIAL USADO, ENCONTREI ASSIM O PESO DA LENTE.
11. ISTO NÃO SE TRATA DE OPINIÃO BASEADA EM PLANILHAS OU TABELAS. ISTO É PURA GEOMETRIA ESPACIAL.
12. USANDO-SE UMA BALANÇA DE PRECISÃO É POSSÍVEL PESAR A LENTE E CONFIRMAR A DIFERENÇA DE PESO ENTRE ELAS. EXPERIMENTE E VERÁ.

PARA CALCULAR O VOLUME DA LENTE, SERÁ NECESSÁRIO PRIMEIRAMENTE CALCULAR SUAS CURVAS PRECISAS.
PARA CALCULÁ -LAS USEI:


D2 = DV - D1___________
1 - D1 T______
1000 n

SENDO:
Dv = poder refrativo da lente
D1 = curva verdadeira ( true ) da superfície convexa
D2 = curva verdadeira ( true) da superfície côncava
n = índice de refração do material usado na lente
t = espessura central da lente

PARA CALCULAR A PROFUNDIDADE SAGITAL DAS SUPERFÍCIES, USEI:

_____________
F = R - √ R2 - ( D )
2



SENDO:
F = PROFUNDIDADE SAGITAL ( FLECHA )
R = RAIO DE CURVATURA DA SUPERFÍCIE
D = DIÂMETRO DA LENTE ( CORDA )

Ney Dias



DICA NOVA SÉRIE – Nº 2

ENDURECIMENTO TÉRMICO – LENTES MINERAIS
O endurecimento térmico somente pode ser efetuado em lentes minerais. Consiste em submeter a lente mineral a uma temperatura imediatamente inferior ao seu ponto de fusão e logo em seguida expô-la a um jato de ar com temperatura ambiente.
Se a saída do tubo de ar for de ¼ “ (polegada) aparecerá no polariscópio uma imagem semelhante a uma cruz de malta.
Se o tubo de ar for de 1” (polegada) aparecerá no polariscópio uma imagem distorcida porém com um anel contínuo na periferia da lente que indica um bom endurecimento. Obs. Este último tipo de resfriamento é um pouco mais resistente.
A curvatura côncava deve ser aumentada em 0,06 diop. Para que o endurecimento seja perfeito. Como as superfícies côncava e convexa se modificam igualmente, não há alteração no valor dióptrico.
Estas lentes devem ter uma espessura central mínima de 2,0 mm.
Com o aquecimento até aproximadamente 600 ° F., as moléculas da lente ficam aumentadas. Ao sofrerem um resfriamento rápido das superfícies (pelo jato de ar), o “miolo” permanece quente. Este miolo ao se esfriar posteriormente e gradativamente pelo jato de ar, encontra as superfícies já frias. Isto provoca a compressão das moléculas superficiais e é esta a essência do endurecimento térmico. A lente torna-se realmente mais resistente ao impacto.
A lente após o endurecimento térmico não poderá ser facetada ou surfaçada porque isto a fará quebrar-se. Significa que para serem endurecidas precisam estar facetadas.
Se a lente for submetida ao jato, antes do ponto de amolecimento do vidro, ela se quebrará em estilhaços.
Se for submetida ao jato, após o ponto de amolecimento próprio, não se quebrará, mas ficará empenada e deformada.
Pode-se testar a resistência da lente oficialmente, deixando cair sobre a lente (apoiada em um anel de borracha com dureza 40 shore D), uma esfera de aço de 5/8”, de uma altura de 1,20 metros. Caso não se quebre, estará bem endurecida.
Uma lente bem endurecida quando quebrada, por força maior de impacto, quebra-se em pequenos grãos de vidro e não apresentam perigo de perfuração do olho. Já quando não endurecida, quebrar-se-á em agulhas oferecendo um grande perigo de perfuração do olho. Esta é a principal vantagem da lente endurecida termicamente.
Ney Dias


DICA NOVA SÉRIE – Nº 3

ENDURECIMENTO QUÍMICO DE LENTES MINERAIS

Consiste em submeter as lentes minerais a um banho de nitrato de potássio e mais duas substâncias, uma delas decantadora. Este banho precisa estar aquecido a uma temperatura é de aproximadamente 40° F.
As lentes minerais permanecem neste banho aproximadamente 40 horas.
As lentes são alojadas em bandejas de aço inoxidável.
Neste processo há uma troca de íons da lente. Entram nela os íons de potássio, que são maiores, no lugar dos íons de sódio do vidro.
Este banho por ser altamente perigoso, pode provocar queimaduras graves na pele e pode incendiar madeiras, papeis etc. facilmente. Por esta razão foi desativado.
Ficou provado cientificamente que as lentes com endurecimento químico ficam mais resistente que as endurecidas termicamente, mas....
Entretanto este processo foi descontinuado por razões obvias que causam mais prejuízos a segurança geral.

Ney Dias



DICA NOVA SÉRIE – Nº 4
ASTIGMATISMO MARGINAL

O astigmatismo marginal é um defeito óptico inerente às próprias lentes, especialmente evidenciado quando as lentes tem suas curvas escolhidas de modo inadequado. Analisemos sua importância.
O consultor óptico
O Consultor Óptico, ou seja, aquele novo e competente profissional que vende óculos, precisaria ter conhecimento das características destes defeitos para proporcionar a melhor visão possível aos seus clientes. Do mesmo modo, com seus conhecimentos mais aprofundados, poderia melhor valorizar suas vendas e melhorar não somente seu conceito técnico como também o do estabelecimento óptico. Muitos clientes apreciam quando são atendidos por profissionais competentes e que sabem valorizar o que vendem.
Alguns dos antigos 'vendedores', alheios aos avanços do atendimento personalizado, poderão, em sua visão limitada, alegar que vendem óculos há muito tempo e ninguém dá valor a estes detalhes. Aí está uma explicação do 'porque' ele poderá vir perdendo gradativamente seus clientes...
Conhecer bem o produto que se vende
Muito embora tarefa de escolha de curvas fique reservada aos fabricantes e laboratórios RX, o consultor deve conhecer bem o produto que vende.
A essência do Astigmatismo Marginal
Para observação do Astigmatismo Marginal no lensômetro (lentômetro) em uma lente bi convexa (por exemplo) com +10,00 diop esféricas, verifica-se seu poder dióptrico no centro óptico. Apresentará digamos +10,00 diop esf., sem a presença de astigmatismo. Afastando-se lateralmente esta lente do seu centro óptico para sua periferia e fazendo-se nova leitura, surgirá uma nova graduação, composta de um novo esférico e um cilíndrico não existente no centro óptico. Esta é a essência do astigmatismo marginal.
Qual o desconforto do usuário?
Quando ele olha através do centro óptico sua visão é normal e nítida. Porém quando olha através da periferia, as imagens não são tão nítidas como no centro óptico, devido a presença de um astigmatismo marginal indesejado. Nota-se então que os clientes que usam óculos com curvas de lentes inadequadas, não as utilizam eficientemente e totalmente em toda a extensão da área de visão, devido a falta de visão nítida, muito embora utilizem esta área sem a nitidez do centro óptico.
Exemplos
Citamos o exemplo de uma lente bi convexa exatamente para demonstrar que suas curvas não são adequadas para uso em óculos. Para escolha da melhor qualidade de lente, que evite a presença de astigmatismo marginal acentuado, devemos escolher lentes cujas curvas tenham sido cientificamente corrigidas, ou seja, com curvas côncavo-convexas pré-estabelecida pelos bons fabricantes.
Nas lentes biconvexas, plano convexas e côncavo convexas (corrigidas)
Tomemos como base uma lente de curvas biconvexas. O astigmatismo marginal tido nela é de cil. 0,30 diop. cil. teoricamente tolerado pelo usuário e permitirá uma visão razoavelmente nítida num ângulo de 8 graus.
Já numa lente de curvas plano convexa, este mesmo astigmatismo marginal de 0,30 diop. cil. permitirá uma visão aceitavelmente nítida num ângulo de 12 graus.
Numa outra lente com curvas corrigidas (côncavo convexas) o mesmo astigmatismo marginal permitirá uma visão nítida num ângulo de 26 graus. Bem melhor , não?
Quanto maior a dioptria, maior será o astigmatismo marginal
Observa-se assim a importância da boa escolha das curvas das lentes. Evidentemente que quanto maior o poder dióptrico das lentes graduadas, maior será a presença do astigmatismo marginal e conseqüentemente, quanto menor o valor dióptrico da lente, menor será o astigmatismo marginal.
OBSERVAÇÃO
As lentes asféricas não estão incluídas nestes conceitos porque representam uma inovação na redução do astigmatismo marginal. Alguns fabricantes ainda não demonstraram clara e quantitativamente o desempenho de suas lentes asféricas com respeito à redução deste defeito óptico, em diversos ângulos, por esta razão não estão detalhadas aqui.
Lentes bi do refrator de Greens
Um consultor óptico mais observador poderia perguntar: Como as lentes dos refratores de Greens e de Caixa de Provas com lentes de teste de acuidade visual são biconvexas e bicôncavas? A resposta é que os testes de acuidade visual são feitos exclusivamente pelo centro óptico destas lentes, onde não existe astigmatismo marginal. Além disso, por razões de praticidade, estas lentes bi convexas e bi côncavas, ocupam menor espaços tanto nas caixas de provas como nos refratores.
Lente côncavoconvexa
Lente planoconvexa
Lente biconvexa
"A figura representa o olho e seus movimentos, as lentes e a quantificação gráfica - numérica do astigmatismo marginal, em função dos ângulos de visão, nas diversas formas de lentes". Observem pelo espaço acinzentado do desenho.
Vejam como na lente bi-convexa ele é acentuadamente maior, é reduzido na lente plano convexa, enquanto na lente côncavo convexa é ainda mais reduzido.(Desenho extraído do "Ophthalmic Lens Their History and Application")

Ney Dias


DICA NOVA SÉRIE – Nº 5

Cilíndrico induzido pela inclinação da lente

Quando um cliente olha através do centro óptico da lente e perpendicularmente às suas superfícies, o poder dióptrico da lente permanece tal qual é lido no lensômetro.
Entretanto se esta lente é inclinada em função da anterior posição, mesmo sendo esférica, induzirá um cilíndrico, digamos indesejado.
Sabemos que as lentes dos óculos devem ter uma inclinação de cerca de 6 a 9 graus por questões de aparência ou mesmo de melhor adaptação dos óculos e evitam que o cliente veja as bordas das lentes. Estima-se que em 50% do tempo de um usuário, ele olha para longe e os outros 50% olha para perto. Sendo assim as lentes devem ter uma inclinação para atender as duas linhas de visão.
Na maioria dos óculos, não há maior preocupação com esta questão de inclinação mas com as altas dioptrias positivas, problemas existem.
A inclinação indevida não poderá ser desprezada pois ela altera não somente o poder esférico como o cilíndrico.

Diagrama mostrando o efeito da inclinação da lente

Uma lente esf. de alto poder positivo, induz um cilíndrico indesejado , se mal inclinada. Nas dioptrias baixas este problema não existe mas nas altas devemos considerá-lo pois ela altera, não somente o grau esf., como também induz um componente cil.
A mudança do poder esf. como também o cil. é devida a obliqüidade da luz que entra, quando a lente é inclinada, a partir da sua posição perpendicular a partir da sua entrada.
No quadro seguinte, que foi calculado e publicado em “ophtalmic lens” por Emslkley e Sevaine, estão demonstrados as variações esféricas e cilíndricas induzidos pela inclinação da lente.
A segunda tabela mostra a variação do poder cil. quando é inclinado. em ambos os casos o eixo do cil. é paralelo ao eixo de rotação e o poder original da lente é 1,00 diop. Para encontrar o efeito de rotação de outros graus, que não sejam de 1,00 d. , multiplique os da tabela pelo poder do esf. ou cil. , pelo outro valor escolhido.

LENTES ESFÉRICAS
Graus de inclinação
Poder esférico
Cilíndrico induzido
0
1,000
0,000
5
1,0015
0,010
10
1,0102
0,031
15
1,0228
0,073
20
1,0406
0,138
25
1,0632
0,231

LENTES CILÍNDRICAS
Graus de inclinação
Grau cilíndrico
0
1,000
5
1,011
10
1,042
15
1,096
20
1,178
25
1.293

Com as lentes de alto poder positivo (+10,00 ou maior) o cilindro induzido na lente, pela inclinação nos óculos montados, é muito importante e é um dos pontos muitas vezes desprezados e que não deixam de causar problemas.
Um exemplo desta importância poderá ser observado pela seguinte receita:

RX: esf. +14,00 cil. -4,00 x 90 º com as hastes inclinadas 15 º, resultará em um novo valor que será:
esf. +15,34 cil. - 5,11 x 90º
Este exemplo mostra que o componente esf. da receita é aumentado em ¼ da diop. cil. sobre 1,00 diop. , simplesmente pela indevida inclinação da lente na armação, por motivos de aparência, sem que se leve em consideração as mudanças dos poderes dióptricos das lentes.

Traduzido do “ophthalmic lens their history theory and aplication” por NeyDias
DICA NOVA SÉRIE – Nº 6

AQUI ESTÁ UMA TRADUÇÃO DE UM ARTIGO PUBLICADO PELO OPTOMETRISTA ARGENTINO MENENDES NA OTICAGERAL. FEITA POR NEY DIAS ESTUDO SOBRE A MIOPIA
Dr. Carrie estabeleceu e concluiu o seguinte: você não pode responsabilizar seus pais por não enxergar uma placa distante na estrada. Os cientistas no Reino Unido concluíram que a miopia, ou falta de visão para longe, tem causas predominantemente hereditárias, e estão começando a esclarecer o mecanismo genético que causa o problema da visão.
"RELATO SOBRE OLHOS”. O globo ocular alongado, miópico (abaixo) focaliza a luz na frente da retina, fazendo imagens distantes parecerem desfocadas (borradas). O olho normal (abaixo) focaliza a luz diretamente na retina. E. Roell informa que aproximadamente um terço da população nos Estados Unidos sofre de miopia - eles vêm claramente objetos próximos, tais como palavras em um livro, mas os objetos para longe parecem desfocados.
Olho Míope
Olho Normal







A raiz anatômica do problema é um alongamento do olho que cresce, fazendo com que a luz que entra no olho se focalize antes da retina, ao invés de se formar sobre ela, explica Christopher J. Hammond do hospital do St. Thomas' em Londres. Usando uma técnica não invasiva, Hammond mediu os tamanhos dos globos oculares de 280 grupos de gêmeos fraternais de adultos e de 226 grupos de gêmeos idênticos. Matematicamente modelando as diferenças nos tamanhos do olho, Hammond concluiu que os genes explicaram 89 por cento da hipermetropia, da miopia, e de outros problemas refrativos da visão, relatou ele no Jornal Americano de agosto relativo à genética humana. Para investigar quais regiões do DNA na população em geral poderiam ter uma ligação com a miopia, Hammond fez a varredura do genoma inteiro dos gêmeos fraternais e encontrou quatro seções ligadas ao problema do olho. O segmento mais fortemente ligado contém 44 genes, incluindo um especificado como PAX6, o que é já é muito bom para os investigadores da visão. Das "moscas de fruta" aos seres humanos, este gene é fundamental para o crescimento em quase toda a espécie que os cientistas examinaram. "Nós não pensamos que PAX6 estaria envolvido na miopia", diz Hammond. "Geralmente as mutações [em PAX6] causam anomalias principais no olho, como a aniridia”, uma circunstância em que falta à íris no olho. Um exame genético mais próximo da parcela PAX6 não identificou uma variação específica que causasse a miopia. Hammond sugere duas explanações. Uma possibilidade é aquela que um gene independente perto de PAX6, mas fora do segmento que os investigadores examinaram como a mais próxima, joga um papel crítico na miopia. Uma outra explanação poderia ser que uma causa da miopia se encontra em um gene próximo que afetasse a atividade de PAX6, especula Hammond. "[miopia] poderia ser afetada por diversos genes e pelo ambiente também", diz J. Fielding Hejtmancik do Instituto Nacional do Olho em Bethesda, Md. Há uma evidência que uma contribuição ambiental principal é trabalho muito próximo do olho. Os investigadores observaram que uma taxa aumentada dos literatos em uma população está sendo observada freqüentemente numa ascensão dramática da taxa da miopia, dizem Karla S. Zadnik da Faculdade de Universidade do Estado de Ohio da Optometria em Columbia. Faça os pais que se tornaram míopes por causa da leitura pesada criam um ambiente que incentive seus meninos seguir o terno, ela pedem. Ou os meninos herdam uma propensão genética para a miopia, e a leitura provoca-o? Se os cientistas pudessem determinar os mecanismos genéticos para a miopia, poderiam desenvolver os agentes farmacêuticos alvejados que poderiam parar ou retardar o crescimento excessivo do olho e suas causas.
.DICA NOVA SÉRIE – Nº 7
A EXPANSÃO DAS GRANDES CADEIAS NA EUROPA
-POSSÍVEIS REFLEXOS E IMPORTÂNCIA PARA O MERCADO BRASILEIRO-

O objetivo deste artigo não é o de alarmar ou de assustar nossos colegas brasileiros, proprietários de estabelecimentos pequenos e médios. Naturalmente no futuro poderão estar sujeitos àquela onda avassaladora como tem ocorrido na Europa.
Nosso objetivo é o de analisar o que está ocorrendo em outros países e observarmos as possíveis conseqüências que poderão chegar um dia ao nosso País, se é que ainda não chegaram.
(obs. de Ney Dias)

Destino traçado
Na Europa já é conhecido que a expansão das grandes cadeias de ópticas, estão sufocando as pequenas, que parecem ter seu destino traçado e engolfadas por esta nova onda de comercialização.
Especialmente na França este mercado após uma espetacular fase, expande-se agora para além das fronteiras. Estas ações estão concentradas em grandes grupos e franquias estando em grande atualidade naquela parte do mundo.
O papel dos ópticos se alterou
Lá parece que o papel do óptico se alterou. De profissionais da visão se converteram agora em profissionais de Marketing. O óptico está procurando se adaptar à situação, cada um dentro de suas possibilidades.
As oportunidades do mercado
O mercado óptico na Europa é estimado em 3,88 bilhões de Euros e reservam-se, somente na França, em 2004, 9.050 pontos de venda. Baseando-nos neste fato os grupos estão se posicionando a frente dos outros.
Considerando-se o número de pontos de venda, começa-se a sentir uma saturação do mercado. Em 2003 abriram 300 lojas contra 60 em 2004.
A principal tendência é a concentração de pontos de distribuição:

2002 a Guildinvest tornou-se a compradora das ópticas;
2003 Afflellou adquiriu a Óptica Carrefour;
2003 Óptica 2000 adquiriu a Lissac;
2004 Hal Trust assumiu o controle da Grande Visão;
2005 A Grande Visão comprou a Visual...

Com isto constata-se um inicio de internacionalização. A Guidinvest que acabara de comprar um grupo de 850 ópticas independentes espanholas declarava que se trata de internacionalização e se constitui claramente num eixo estratégico de desenvolvimento.
Esta internacionalização está se expandindo e se iniciando em países assim como Bélgica, Luxemburgo, Espanha, Tunísia, Líbano e em Marrocos.
A Aliança Óptica já conta com 185 pontos de venda na Bélgica e a Kyrs 28. A Visalis está presente no Marrocos com 12 lojas que aderiram na África, nas Guianas, na Suíça...
O ofício de Óptico evoluiu
A maneira de trabalhar dos ópticos evoluiu ao longo dos anos. Antigamente se permitia que se colocasse em primeiro lugar o seu papel de especialista e técnico, hoje a situação alteou-se. A imagem de “Saúde” assumiu um aspecto mais “Comercial” considerando o fator “Moda”. As marcas estão ganhando um fator considerável.
.
Extraído da Revista Ver dos ópticos portugueses por.
Ney Dias
Em agosto de 2006


DICA NOVA SÉRIE Nº 8
Vendedores de Ótica

Para aqueles clientes que tem uma presbiopia de +1,50 até +2,50 para perto e 0,00 para longe, e trabalham diariamente em computadores ou em distâncias similares, que necessitam visão para distâncias de 35 centímetros. e 1 metro:

A venda de lentes progressivas comuns poderá provocar problemas de incômodo, especialmente na coluna vertebral.

O posicionamento da cabeça, inclinada para trás, procurando visão nítida para distância intermediária, poderá provocar mal estar e dores na coluna.

Em primeiro lugar a largura do campo intermediário da lente, (dependendo da progressiva), geralmente é pequena ( cerca de 3mm ). Isto dificulta a amplitude de visão, nesta zona.

Não se quer dizer que não se deve vender progressivas. Além dos óculos com estas últimas, faça uma venda adicional, com óculos para trabalho com visão para perto e intermediária. Existem novas lentes progressivas especiais para distâncias de 35 cm. e até 5 metros para estes casos.

Estas lentes tem um campo intermediário mais largo. Usam-se armações menores na direção vertical, porem maiores que "meio aro".

Não indicaremos as marcas por razões obvias mas os ópticos já devem ter ouvido falar destas novas lentes.

Prescreva a dioptria de perto de acordo com a RX e a de longe ficará por conta da necessidade do cliente. Existem lentes com duas diferentes adições: 0,75 é a menor.

Esta recomendação se deve ao fato de muitas vendas de progressivas serem detestadas pelos clientes, quando usam-nas no trabalho específico, citado.

Necessário será orientar seguramente o cliente para não usar as lentes sugeridas para ver ao longe. Isto poderá contribuir para aumentar desnecessariamente sua presbiopia.


DICA NOVA SÉRIE Nº 9


A ORIGEM E HISTÓRIA DAS LENTES OFTÁLMICAS

Data: 08.02.2000
Autor: Ney Dias

2283 AC Imperador chinês usou lentes fabricadas de cristal de rocha, quartzo, topázio ou ametista para observar as estrelas.
Antes do Século I os fenícios iniciaram a arte de fabricação do vidro, vinda dos chineses e que os
fenícios descobriram que a areia misturada com salitre, fundidas pelo calor do sol, resultou no vidro bruto.
Alguns vidros convexos foram encontrados nas escavações de Pompéia e “Ninevah”, porém a
distância focal destas lentes eram tão pequenas que elas não poderiam ser usadas diante dos olhos.
Intervalo Pela falta de registros, supõe-se que a arte de fabricação de vidro foi esquecida.
Século XIII Primeiros dados históricos indicam que o vidro foi conhecido pela China e pela Europa. Durante este período, na China, idosos usavam lentes para distinguir pequenas figuras.
Estes óculos eram substancialmente diferentes do que os usados na Europa.
Europeus usaram óculos de apoio no nariz com aros redondos.
1285 Armati, de Florença- Itália, disse ter inventado o vidro e numa igreja foi encontrada uma
inscrição numa pedra que dizia: “Aqui jaz Salvino del Armati of Florença, o inventor dos óculos,
tendo falecido em 1317.
1268 Roger Bacon um monge filósofo inglês foi o pioneiro no desenho de lentes, fabricadas de
cristal ou vidro positivas biconvexas.
1465 O fabricante de óculos Guild tomou parte numa exposição de mercadores e artesãos
diante do Rei da França.
Século XVI Lentes negativas para correção da miopia começaram a ser vendidas.
Século XVII Lojas de óptica começam a existir na Europa
Século XVIII Lojas de óptica começam a existir na América
Século XVII Marca o início de uma era de progresso no campo óptico..
1623 Daza de Valdes (Benito) um notável da inquisição de Sevilha menciona “lentes para
catarata”
1608 Galileu popularizou o telescópio e os problemas de fabricação de suas lentes deu um
novo impulso à profissão de fabricantes de lentes.
Século XVII Newton conduziu suas famosas experiências acerca da composição da luz. Ele
descobriu que a luz branca é composta de raios de luz de diferentes cores e ele foi o primeiro a
decompor a luz branca, em diversas cores, através de um prisma e recompô-la novamente.
1551 Máscaras eram utilizadas para tratamento do estrabismo, para forçar o olho defeituoso a
voltar a posição normal, olhando através de pequena abertura.
1844 Registros indicam que os primeiros prismas foram recomendados
Século XVI Na segunda metade deste século, vidros coloridos foram fabricados. Para proteção
contra a claridade.
1561 Foram fabricadas as primeiras lentes verdes, na Inglaterra.
1672 Fabricados as primeiras lentes azuis
1767 Fabricadas as primeiras lentes cinza
1832 Fabricadas as primeiras lentes marrons, na Inglaterra.
1885 Vidros ametista foram sugeridos em Filadélfia USA.
Século XIX Um grande avanço foi conseguido na fabricação de lentes corretoras dos erros de
refração, quando
1801 O cientista inglês Thomas Young descobriu a condição do astigmatismo. Georje Airy, um
astrônomo inglês, foi o primeiro indivíduo a receber os benefícios da correção do astigmatismo.
1827 Com a ajuda do óptico Fuller, de Ipswich, Airy corrigiu seu próprio astigmatismo.
1804 Wollaston, um inglês, defendeu o uso de lentes meniscos de combinação especial de
curvaturas, ao invés da lentes biconvexas e plano convexas. Ele chamou-as de “periscópicas”
devido à sua curva côncava mais próximas dos olhos, melhor visão e campo de visão maior.
1716 O matemático alemão G. Hertel indicou o uso de lentes menisco
1719 o professor técnico A G Luteman indicou o uso de lentes menisco, em Petersburg
1804 Wollaston patenteou as lentes menisco
1840/1844 Ocorreu o primeiro registro do uso de lentes tóricas, quando um óptico romano de
nome Suscipi registrou ter aplicado-a para correção do astigmatismo. A lente tinha uma
superfície esférica no lado convexo e outra tórica no lado côncavo.
1875 Novo avanço da ciência quando Nagel criou a escala de medidas refrativas “dioptria” que
foi adotada internacionalmente, Isto foi criado primeiramente por Nagel em 1866 que
recomendou o sistema métrico, ligado à dioptria, para designação do poder das lentes, em lugar
do velho sistema de polegadas inglês, então em uso.
O termo “dioptria” foi proposto por um francês, chamado Monoyer, que é agora adotado
universalmente e baseado na distância focal de 1 metro.
1878 A firma Bausch & Lomb - USA- padronizou a fabricação de lentes periscópicas.
Inúmeras contribuições para o desenvolvimento da ciência óptica foram conseguidas.
1888 C F Prentice, no assunto de prismas oftálmicos, propôs e é agora universalmente aceita
a “Dioptria prismática” que é a unidade que expressa o poder refrativo do prisma.
1888 Gullstrand contribuiu no astigmatismo neste tempo.
Século XX As lentes periscópicas foram sendo substituídas por outras de curvas mais
profundas. Elas foram chamadas de “menisco” para distingui-las das velhas “periscópicas”
1896 Nos USA iniciou-se a fabricação de lentes menisco
1898 Nos USA. Iniciou-se a fabricação de lentes tóricas.
1914 As lentes Punktal, alemães, foram introduzidas na América
1928 Marcou o advento das lente de curva corrigida nos USA.




DICA NOVA SÉRIE Nº10

AUTO REFRATOMETRIA EM CRIANÇAS
Data: 09.02.2000
Autor: Ney Dias


OBJETIVO: Avaliação do desempenho do auto refrator de mão – Retinomax – num grupo de crianças e comparar os resultados com aqueles obtidos na retinoscopia manual, feita por experientes retinoscopistas pediátricos norte americanos.

MÉTODO: 102 crianças com idade entre 5 e 72 meses ( 6 meses e 6 anos ) foram examinadas com e sem ciclopegia, usando um auto refrator computadorizado e os resultados, comparados com aqueles encontrados com um retinoscópio comum por dois optometristas. Foram comparados os resultados, com o auto refrator computadorizado.
Os resultados foram convertidos para o receituário normal, usando cilindro positivo para a forma “h-space” e comparados em tri dimensional “h- space”. ( não sabemos o que significam)

RESULTADOS: Os 3 optometristas chamaram a atenção e foram dignos de nota, concordando entre os resultados encontrados pelo auto refrator e a retinoscopia manual, usando lentes da caixa de provas livremente ou refrator de Greens.
As conclusões foram similares em ambos esféricos e cilíndricos comparados com a margem de idade estudadas.

CONCLUSÃO: O auto refrator Retinomax é um instrumento preciso para estimar erros refrativos em crianças até idade de 6 anos e poderá ser usado comprovadamente em seu departamento, consultório, ou como um instrumento de investigação.

Este artigo foi traduzido precariamente de uma publicação norte americana. Mencionarmos a marca do auto refrator computadorizado, de mão, devido um colega optometrista ter observado excelentes resultados do Retinomax, de mão, em crianças. Este colega informa que a criança olha, através de um “screen” transparente, fixando objetos para longe, reduzindo assim os conhecidos efeitos imprecisos e negativos da acomodação, fato muito comum na refratometria em crianças, que falseia os resultados das medições. Fica aí o registro.
NOVA SÉRIE Nª 11

RESINA DE ALTO ÍNDICE

Data: 10.02.2000
Autor: Ney Dias

Incrível como possa parecer, o Japão acaba de criar um bloco oftálmico de resina orgânica com o índice de refração de 1,710. Isto significa que lentes de resina poderão ser fabricada com a mesma espessura do tradicional Hight Light. Acalmem-se ... Estes blocos, por enquanto, estão sendo distribuídos na Europa e naturalmente no próprio Japão. Outros países, como a França, também estão pesquisando. São boas notícias para nós.

DICA NOVA SÉRIE Nª 12

Dica da Ótica Geral N.o 005

Esquema Tabo

Data: 11.02.2000
Autor: Ney Dias


- Esquema Tabo: Esta questão do esquema TABO, já está superada pela tecnologia atual que terminou aquele problema que só os óticos antigos conheceram, o do esquema internacional. Para indicar a posição dos eixos dos cil. Usa - se a metade superior do transferidor, que vai de 0° a 180° graus. O normal é o 0° começar no O.D. pelo lado nasal e no O.E. pelo temporal (usando a semi circunferência superior).

Há 50 anos atrás havia o esquema ”Internacional “cujo zero no O.E. partia do lado nasal. Este esquema “ Internacional ” foi inteiramente banido e fazermos referência a esse fato, para ensino, é irrelevante.

O fato que levou-nos a adoção do esquema TABO internacionalmente, é que ele é compatível com a construção dos aparelhos, refratores, keratômetros etc., não mais havendo as confusões de antigamente.

Nem mais se justifica o desenho do transferidor, que algumas receitas médicas trazem. É puro enfeite.

DICA NOVA SÉRIE Nª 13

HIPERFORIAS INDUZIDAS POR IMPLANTE

Data: 15.02.2000
Autor: Ney Dias

HIPERFORIAS INDUZIDAS POR IMPLANTE INTRA OCULAR, IRREGULAR

Um cliente, portador de catarata, recém implantado de cristalino em um dos olhos, que havia adquirido óculos com lentes progressivas, tinha visão ótima para longe e “visão embaralhada” somente quando olhava para perto, o que não acontecia antes da cirurgia. Esclareça-se que:

a) O cliente havia sido operado de implante intra ocular no OD. .
b) Sua RX anterior era de L. esf. +2,00 em AO. e usava progressivas sem problemas.
P. esf. +4,50
c) Após cirurgia monocular no OD., sua nova RX passou a ser
OD. L. esf. –150 cil. –1,00 50° OE. L. esf. +2,00 Também progressivas
P. esf. +1,50 cil. –1,00 50° P. esf. +4,50
d) Os óculos estavam exatamente corretos, de acordo com a receita do oftalmologista e a Altura, DNP. , grau eixo, centros ópticos de longe na mesma altura e tudo mais , exatos.
e) Notei que para perto havia um certo prisma, mas isto é comum em progressivas com anisometropias.
f) O cliente foi aconselhado a procurar o oftalmologista, que devolveu os óculos recomendando: “Sr. Óptico, queira ajustar a posição dos centros ópticos” ???
Pergunta-se: O que fazer?
Resposta:
a) Você nada pode fazer para salvar as lentes. O erro foi do oftalmologista que não deveria prescrever progressivas. Este profissional sabe nada de óptica.
b) Nestes casos o melhor é aconselhar o cliente a fazer dois óculos, um para longe e outro para perto e isto deve ser feito antes de aceitar o pedido de progressivas e encomendar as lentes.
c) Mesmo que o oftalmologista indique “progressivas”, não caia nesta que o prejuízo será somente seu. Depois de formado o problema lá vem as tolices, como a citada no item “f”
d) O ideal seria que o cirurgião do implante intra ocular, projetasse a dioptria final, o mais próxima possível do outro olho para não provocar uma anisometropia para perto. Para isto, seria bom conhecer mais de óptica e não somente de cirurgia.
e) A solução não é do óptico “corrigir as posições dos centros ópticos”, porque isto é inexeqüível e próprio de quem não está familiarizado com a ciência óptica.
f) O que o cliente sente é a dissociação vertical das imagens, vistas pelo OD. e OE., ou seja, ele vê pelo OD. a imagem mais acima que o OE. (somente quando olha para perto). O problema é classificado pelo cliente como “embaralhamento”. As imagens são corretamente superpostas em A.O. somente quando olha para longe, devido a posição nivelada dos centros ópticos de longe, conforme foi constatado.
g) A causa é a formação de dois prismas, inerentes à própria formação física das lentes, de bases opostas, SOMENTE NA METADE INFERIOR DA LENTE E QUANDO O CLIENTE OLHA PARA PERTO. Uma base de prisma para cima ( da lente positiva +2,00) e outra para baixo ( da lente negativa aproximadamente
–2,00).



Olho
Objeto


Olho desvia para cima Olho desvia para baixo


Obs. O raio de luz desloca-se para a base mas o objeto desloca-se em sentido contrário, ou seja, para o ápice do prisma. Observe que os desvios monoculares são em sentido contrário.

h) Este problema é causado por uma espécie de hiperforia induzida, somente quando o cliente olha para perto, causada pelo implante intra ocular de cristalino, nos casos de catarata
Obs. Este problemas modificar-se-á, quando o cliente implantar cristalino no outro olho e o negócio é rezar para que a dioptria final vertical, resulte aproximadamente na mesma do olho operado anteriormente, para que problemas similares não ocorram.
j) Quando o cliente já tinha anisometropia, desde a adolescência, o conjunto de músculos extrínsecos, já havia se adaptado ao desnível para perto e o problema da hiperforia não se apresenta como desconfortável.
Talvez esta explicação tire as dúvidas do colega da otica-geral. Quem sabe o caso dele não era de implante intra ocular em um só olho ?

DICA NOVA SÉRIE Nª 14
PROFUNDIDADE SAGITAL - FLECHA

Também conhecida como sagita ( não se pronuncia “ságita”) pois a palavra é paroxítona. É nada mais nada menos do que a nossa conhecida “flecha” da geometria plana. É a altura de um seguimento de um círculo, ou seja é a distância que vai da corda até a linha da circunferência, na sua maior extensão.



Flecha ou sagita



Corda

Circunferência
Para se calcular a flecha ( sagita ) usa - se a seguinte fórmula:

2

Obs. Caso ( na transferência ) saiam do lugar os símbolos: aí vai: Flecha é igual ao raio de curvatura da superfície da lente, menos a raiz quadrada de Raio ao quadrado, menos o diâmetro da lente dividido por dois, elevado ao quadrado.
Enunciado
F = Flecha
R = Raio de curvatura da superfície da lente
D = Diâmetro da lente

Exemplo de cálculo da flecha:

Pergunta-se: Qual a flecha correspondente à superfície côncava de uma lente, cujo diâmetro é de 65 mm e seu raio de curvatura é 88,33 mm ( curva 6,00 dos laboratórios ) ?

F = 88,33 - 88,33² - ( 65 )² = 6,196 que arredondados nos darão: 6,2 mm
2

Instruções: Pegue um calculadora eletrônica, divida 65 por 2, eleve ao quadrado. Este resultado é subtraído do quadrado de 88,33. Então aperta-se a tecla de raiz, subtraindo-se este último pelo raio 88,33. Está aí a flecha de uma superfície 6,00 diop. Cujo raio é 88,33mm.
Até aí tudo bem.

Mas para que serve o cálculo da flecha ?

Resposta:
a) Para se calcular a espessura das bordas das lentes, quando se conhece sua espessura central ou,
b) Para se calcular a espessura central de uma lente, quando é conhecidas sua espessura das bordas.
c) Tanto faz se a lente é de resina, mineral ou de contato.





DDD


Vemos no desenho acima:

Em verde: d - Espessura central
Em azul: f 1 - Flecha da superfície convexa
Em vermelho: f 2 - Flecha da superfície côncava
Em lilás: e - Espessura das bordas

Se quisermos calcular a espessura das bordas da lente, usaremos:
E = f 2 + d - f 1


Se quisermos calcular a espessura central da lente, usaremos
D = f 1 + e - f 2


Para lentes de contato, calculando-se a flecha da curva de contato com a córnea, saberemos que uma curva mais acentuada ( raio menor ) terá uma flecha maior e consequentemente ficará “apertada”.
Já para uma curva menos acentuada ( raio maior ) terá uma flecha menor e por conseguinte ficará “folga

DICA NOVA SÉRIE Nª 15
MONTAGEM

Se as pelotinhas de vidro, do seu aquecedor de armações, constantemente ficam agarradas às armações, obrigando que sejam procedidos toques, com as armações, nas bordas da "caixa de areia". Este problema poderá ser sanado. Coloque uma pequena quantidade de talco misturada as pelotinhas. cuidado para não se exceder na quantidade porque isto sujará as armações de talco, obrigando a mais um trabalho para limpá-las.

DICA NOVA SÉRIE Nª 16
INSUFICIÊNCIA DE CONVERGÊNCIA E O USO DE PROGRESSIVOS:

Quando ouvimos, que clientes com insuficiência de convergência, não poderão usar lentes progressivas, devemos ou não acreditar em tal afirmação? Acreditamos que a afirmativa acima esteja errada! Vejamos uma sugestão para os casos citados:
a) Meça a DNP. de perto b) Acrescente 2,5 mm. para cada olho c) Informe a nova DNP. para que o montador possa se orientar pela cruz de progressão. d) Assim resolveremos o problema
Porque nasceu o conceito errôneo? Ouvimos alguns oftalmologistas conceituados afirmarem que o cliente tal, não poderia usar lentes progressivas porque tinha uma insuficiência de convergência e que esta insuficiência faria com que ele olhasse fora do corredor progressivo, especialmente nas zonas intermediárias e de perto. Realmente estas zonas são de tamanho menores. Perguntamos então: quais as zonas (opticamente puras) mais estreitas e as mais largas em um progressivo: Respondemos: a de longe é ampla; a intermediária tem cerca de 3 mm.; a de perto tem cerca de 10 mm. Se preservarmos a visão através do centro do corredor estará garantida a visão para perto e intermediária, com melhor acuidade visual. Afirmará o leitor inteligente: "mas a cruz ficará fora do centro horizontal da pupila". É verdade, mas perguntamos: a zona opticamente pura para visão de longe num progressivo não é ampla? Então não haverá o menor problema e o cliente terá visão normal para perto, intermediária e longe. Obs.. Não se esqueça que o montador orienta-se pela DNP. de longe e pela cruz (ou T). Informe-a, portanto, já com o aumento de mais 2,5 mm para cada olho. DICA NOVA SÉRIE Nª 17
Lentes Hidrofílicas Grudadas

É comum nas lentes gelatinosas mais finas, a exemplo das séries descartáveis ou "U" e "O" da Bausch & Lomb, algumas Wesley, Edge Thin, e outras finas dobrarem-se e colar uma metade na outra, sendo difícil o ato de "desgrudar", com riscos inclusive de rasgos e rupturas.
Nestes casos o óptico e até mesmo o próprio usuário podem levar a lente para a geladeira, imersa em soro fisiológico ou solução asséptico-conservadora, mais ou menos por vinte minutos. Com a lente ainda gelada basta deslizar um lado sobre o outro e a lente se "desgrudará" com mais facilidade.
Obs. Não é para congelar lente.



DICA NOVA SÉRIE Nª 18

Assepsia, Desinfecção e Esterilização de LC

Alguns colegas insistem em usar o termo Assepsia para limpeza de lentes de contato (o correto é Desinfeção).
Esse assunto já foi tema de algumas discussões, umas das explicações foi que o termo Assepsia havia se tornado usual (sic), mas minha opinião devemos ensinar, praticar o correto.
A esclarecer: conceitos aplicados pela química e pela medicina.
Esterilização: é a eliminação de todas as formas esporuladas ou vegetativas de microorganismos. Os meios usados são: aplicação de calor (acima de 121º C, auto clave), as reações químicas, radiação e ultra-som.
Desinfeção: é a forma de eliminar ou inativar os microorganismos, ou o impedimento de suas atividades e propagação, sem necessariamente 100%, os meios usados são: o calor, a radiação e os processos químicos.
Assepsia: é o processo que engloba todas as medidas destinadas a impedir a contaminação por microorganismos em estado vegetativo ou é manter a cépsis de um local estéril, ou são normas dadas para manter algo já esterilizado ou desinfetado, os meios usados são: calor e os processos químicos.
Conservação: é o processo por meio do qual procura-se impedir, por determinado espaço de tempo, a formação ou deposição de germes infecciosos na matéria em questão. A eficácia do processo em vista é conseqüência do uso de soluções assépticas das mais variadas, graças a sua solubilidade, concentração de reagentes químicos, Ph e capacidade tamponante, que representa os meios mais usados.
Se o assunto for, na sua opinião, relevante para o momento, usar na seção de dicas (pode me identificar).
Um abraço.
Professor Noé Marinho

DICA NOVA SÉRIE Nª 19
Contatologia:
A probabilidade da existência de um astigmatismo contra a regra, ou seja, com eixo negativo próximo de 90 graus, é muito acentuada quando a córnea é aproximadamente esférica ? Evidentemente este astigmatismo será considerado residual, ou seja por conta do cristalino ou partes internas do olho.

DICA NOVA SÉRIE Nª 20
Teste seus conhecimentos de contatologia : Qual a graduação exata ( sem arredondamentos) de uma lente de contato hidro tórica, cuja receita para óculos é: OD. esf. -6,00 D. cil. -4,00 OE. esf. -7,00 D. cil. -5,00 OD. a ( ) Esf. -5,60 D.cil. -3,33 D. b ( ) Esf. -5,51 D.cil. -4,18 D. c ( ) Esf. -5,40 D.cil. -4,74 D. OE a ( ) Esf. -6,50 D.cil. - 4,62 D. b ( ) Esf. -6,38 D.cil. - 4,32 D. c ( ) Esf. -6,46 D.cil. - 4,03 D. Resposta: Se você respondeu letra ( a ) para OD e letra ( c ) para OE. , está em boa forma na Contatologia.

domingo, 1 de julho de 2007

Em breve...

Este é o Blog do professor Ney Dias...
Em breve você poderá ler diversos artigos sobre optometria.